Que jogo! Esse é para entrar para a coleção de DVDs dos sempre polêmicos encontros entre Corinthians e Internacional, se as pessoas ainda tivessem DVDs. E que vitória do Timão: 4 a 2, de virada, num jogo tenso, disputado palmo a palmo, com uma atuação espetacular de Yuri Alberto, que fez quatro gols (um deles anulado) e foi decisivo no momento mais crucial da partida, quando teve de cobrar o pênalti que recolocou o Corinthians em vantagem no placar.
O atacante não se intimidou, chamou a responsabilidade, pediu para Memphis deixar que ele fizesse a cobrança para chegar ao hat-trick.
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Honrando as melhores tradições desse confronto, foi também um jogo cercado de polêmicas de arbitragem. Desde aquele jogo em que o pênalti de Fábio Costa sobre Tinga não foi marcado, o apito está sempre sob suspeita quando os dois times se enfrentam. E o que se viu na Neo Química Arena na noite deste sábado será lembrado por muito tempo como um jogo decidido no apito. Ou melhor, no VAR.

O zagueiro Vitão, do Inter, deixou o campo revoltado. “Aqui é sempre assim. A gente joga contra 12”, protestou, reclamando do pênalti que propiciou o terceiro gol corintiano, a expulsão de Bruno Henrique no segundo tempo e de um pênalti que, em sua opinião, foi cometido por Yuri Alberto em cima de Wesley.
Duas arbitragem: campo e VAR
Por óbvio, ele não fez considerações aos dois gols do Corinthians anulados pelo VAR – um de Yuri e outro de Memphis, ambos por marcação de falta na origem da jogada. Detalhe, no campo, o juiz viu os lances e interpretou como jogada normal. Mas como ele era um poço de insegurança no gramado, atendeu ao chamado do VAR e ficou com a interpretação do árbitro de cabine.
No final, marcou pênalti de Romero sobre Bidu num lance discutível, dando claramente a entender que estava compensando os prejuízos causados pelos dois gols anulados. Em suma, a arbitragem de Paulo César Zanovelli foi horrível, a ponto de deixar todo mundo descontente. Pelo simples fato de permitir que a partida tivesse uma arbitragem de campo e uma da cabine do VAR, se sobrepondo à suas decisões.
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Polêmicas à parte, a Fiel Torcida, que lotou mais uma vez a Neo Quimica Arena, pode dizer que, finalmente, viu o Corinthians jogando com cara de Corinthians. Mérito total do técnico Dorival Júnior, que, em menos de dez dias no cargo, já mudou a postura da equipe dentro de campo e mexeu no estado anímico dos jogadores.
Dorival cai nas graças da Fiel
O segundo tempo contra o Inter é o espelho dessa transformação. O time foi pra cima com coragem para reverter a desvantagem do placar e para se impor como, historicamente, fazia em Itaquera. A avalanche corintiana foi facilitada, é verdade, pela expulsão de Bruno Henrique, mas tem muito a ver com as mexidas promovidas por Dorival.
Primeiramente, ele corrigiu a bobagem de ter iniciado a partida com Hugo na lateral-esquerda. Por ali, o Inter fez dois gols em menos de cinco minutos e reafirmou uma certeza de que toda a torcida corintiana já sabia: Hugo não tem condições de jogar no Timão.

Além da entrada de Bidu na lateral, Dorival fixou Carillo na extrema direita, trocou Romero por Talles Magno e, enfim, deu vez a Igor Coronado na armação. Assim, o prêmio foi uma remontada espetacular: uma vitória que pode ficar marcada como uma virada de chave na temporada corintiana. Seguramente, muitos torcedores foram dormir com uma certeza: agora o Corinthians tem um técnico!