Teve de tudo no duelo entre Náutico e São Paulo pela Copa do Brasil. O estádio estava lotado, com quase 17 mil torcedores. Não havia lugar para um fio de cabelo, lembrando os bons e velhos tempos em que os estádios recebiam torcedores pelo ladrão. Ninguém ousava levantar do seu lugar com a certeza de que perderia o pequeno espaço de cimento para ver a partida. Teve também um sapato atirado em campo segundos depois de Luciano marcar para o Tricolor paulista.
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A arbitragem pegou o pé esquerdo como prova do ocorrido. Para a polícia, parecia fácil localizar a ‘cinderela’ na torcida do Náutico: bastava ver quem estava apenas com o pé direito calçado. É claro que isso é uma brincadeira, mas o time local pode sofrer punições. Pode e deve.
Teve também duas expulsões de cara. Uma de cada lado: Marquinhos, do Náutico, e Ferraresi, do São Paulo. A torcida local participou muito do jogo. A cada jogada, certa ou errada, era possível ouvir sua vibração. Foi assim o tempo todo. A vitória por 2 a 1 no Estádio dos Aflitos confirmou a classificação do time de Zubeldía para as oitavas de final da competição.
Cota de R$ 3,6 milhões
Nada mal para um time que se propôs a reduzir seu elenco e gastos nesta temporada. A cota para a etapa seguinte é de R$ 3,6 milhões. Esse dinheiro já está garantido para o clube do Morumbi. O presidente agradece.
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Foi um jogo disputado e com espaço para jogar. Nenhum dos lados se entregou nem perdeu a concentração. Foi um duelo mais brigado do que técnico, com mais correria e suor do que de técnica. O gramado pesado pela chuva fez a bola correr menos. Oscar jogou bem, com bons passes para gol.
Portanto, não foram poucos os ingredientes dessa boa partida e da boa vitória do São Paulo. Isso sem falar do golaço do Rodriguinho, que levou Zubeldía para dentro do gramado. O treinador distribuiu abraços e, claro, recebeu o amarelo. Rodriguinho perdeu outro sem goleiro. O Náutico fez o seu de honra, com Hélio Borges. Agora, é só esperar pelo sorteio do próximo confronto. Pode ser qualquer rival.
