O Santos perdeu a oportunidade de ter uma mente aberta em suas fileiras administrativas. Com a saída do CEO Pedro Martins, a colheita é mais incerta. A pressa continua sendo a inimiga do sucesso no futebol. E também no Santos. É pressa para os resultados, para a volta de Neymar, para a revelação de garotos, para os novos acordos… A pressa sempre foi a inimiga da perfeição.
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Os clubes ainda não entenderam o “processo das coisas”, a necessidade de planejar, definir, implementar, acertar rotas e colher os frutos. Na Vila Belmiro, onde as raízes de um futebol que não existe mais ainda dão as cartas, os processos são atropelados, condição muito característica de times que voltam da Série B. O desperdício é notório. A colheita está quase que na frente da plantação. O Santos aposta no Brasileirão.
O Santos tem uma gestão duvidosa, de muitos mandos de um clube que notoriamente ficou para trás em sua evolução, com um presidente de boas ideias e conhecedor do riscado, mas pressionado e ainda com métodos que já foram enterrados por rivais mais modernos. O clube perde uma boa cabeça e continua preso aos pecados que o levaram para a Segundona.
Nota de Pedro Martins
Ontem, foi meu último dia como CEO do Santos. Após ser convidado para liderar uma nova fase na profissionalização do clube, optei por solicitar o meu desligamento no início desta semana. Durante os últimos dias, realizei uma transição de temas cruciais para lideranças da estrutura interna, pois identifico a importância da continuidade de negociações já evoluídas e de melhorias que já estavam em etapa de concretização. Faço isso porque valorizo os colaboradores, muitos merecem a efetivação destes projetos.

Tenho a avaliação de que estes últimos meses representaram a conclusão da fase de diagnóstico e aceitação, iniciada na reconstrução proposta pela atual gestão após rebaixamento para a Série B do Brasileiro.
A partir da compreensão do tamanho do problema, conseguimos promover reflexões importantes visando a adaptação a um novo cenário competitivo e o desenvolvimento de uma cultura esportiva. Neste período, as áreas foram avaliadas com a régua das melhores práticas nacionais e internacionais, o que nos fez propor mudanças nas regras e no ambiente do centro de treinamento, além de fazer um diagnóstico profundo de pessoas, processos e métodos.
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O jogo está mudando rapidamente e a excelência está no detalhe. Está equivocado quem pensa que o sucesso é construído apenas com investimento no mercado de transferências. Este é um dos pilares.
A implementação de um projeto de futebol perene não é simples, ela demanda a convivência constante com o desconforto e o exercício diário do altruísmo. A construção coletiva, dialogando com funcionários e jogadores, é o que consolida a criação de uma cultura de sucesso no futebol feminino, na base e na primeira equipe. Nunca será um ato individual.
Apesar da disputa de narrativas ser uma característica da indústria do futebol, muitas vezes alimentadas por alguns veículos e influencers locais que deseducam e rentabilizam com fake news, gostaria de comunicar que a divergência na condução de setores do clube não representa uma ruptura com os valores que me fizeram chegar ao clube em dezembro. A vontade de transformar, melhorar e evoluir apresentadas pelo presidente Marcelo Teixeira sempre terão o meu apoio e suporte.