The Football já havia publicado essa história encontrada no Football Tweet sobre as primeiras impressões de Carlo Ancelotti quando Kaká chegou ao Milan. Não sei se você já leu isso. O meia do São Paulo deixou o Morumbi para se juntar ao poderoso clube italiano e mundial da época, que era comandado por um jovem treinador chamado Carlo Ancelotti. Nesta segunda-feira, a CBF anunciou Ancelotti como treinador da seleção brasileira, o que nos motivou a republicação da tradução.
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Sob seu comando naquele inesquecível Milan, Kaká foi eleito o melhor jogador do mundo em 2007. No ano passado, já no Real Madrid, o técnico italiano, mais velho e experiente, viu outro brasileiro sob o seu comando sendo eleito pela Fifa: Vini Jr.

Ancelotti tem agora a missão de levar a seleção brasileira para a Copa do Mundo e em busca do hexacampeonato. Veja o relato de Ancelotti sobre Kaká.
ANCELOTTI SOBRE KAKÁ
Kaká pousou no aeroporto de Malpensa e eu coloquei a cabeça nas mãos: óculos, cabelo perfeitamente penteado, rosto de bom menino. Só lhe faltavam livros escolares e um lanche. Meu Deus, contratamos um estudante universitário.
Kaká não se parecia em nada com um jogador de futebol brasileiro, ele me lembrava uma Testemunha de Jeová.
Aí ele entrou em campo ainda com jet lag e tudo: o céu se abriu. Com a bola nos pés ele era monstruoso. Parei de falar simplesmente porque estava sem palavras. Nem sequer existiam palavras para o que eu estava vendo. A Testemunha de Jeová era na verdade alguém que falava diretamente com Deus.
Em seu primeiro desafio nos treinos, Kaká se viu na frente de Gattuso, que lhe deu uma terrível ombrada, mas Kaká nem perdeu a bola. Depois, após ficar com a bola, Kaká fez um passe de 30 jardas, pegando de surpresa até Nesta, que não conseguiu interceptar.
Ao final de cada treinamento, o CEO do Milan, Adriano Galliani e eu sempre conversávamos ao telefone para que eu pudesse contar a ele o que estava acontecendo e depois ouvir o que ele pensava.Naquele dia, liguei para ele: ‘Senhor Galliani, tenho uma novidade para você’. ‘Boa ou ruim?’, ele perguntou. ‘Boa. Muito boa’, respondi. ‘Carletto, você está pedindo demissão?’, perguntou ele. ‘Não, vou ficar porque acabamos de assinar com um fenômeno’.