O Palmeiras não abre mão de Abel Ferreira no Mundial de Clubes da Fifa. A delegação embarca para os Estados Unidos no dia 9 de junho para o torneio que começa dia 14. Mas depois disso, o treinador português pode ao menos ouvir a proposta da CBF para comandar a seleção brasileira, que ele mesmo já disse em outras ocasiões não querer saber. É certo que Abel tem contrato até dezembro e que não vai ficar depois disso. Cumpre seu vínculo com o clube que mudou sua carreira.
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Mas tanto o treinador quanto a presidente Leila Pereira deixaram portas abertas para um convite da CBF agora. Se isso acontecer, Abel vai aceitar a oferta com a possibilidade de passar mais tempo com sua família em Portugal ou na Inglaterra, onde provavelmente sua filha vai estudar, sem ter de dar expediente na sede da entidade no Rio de Janeiro. O assunto está no andar de cima do Palmeiras.
Leila também estaria disposta a liberar o seu treinador para dividi-lo com a seleção até dezembro, dando a ele a oportunidade de levar o Palmeiras até o fim das competições, não abandonar o clube e dar à presidente tempo para encontrar outro técnico, que pode ser Vojvoda, do Fortaleza.
Ele não daria expediente no Rio
Essas seriam duas das exigências para o presidente Ednaldo Rodrigues: não fincar residência no Rio e dividir a seleção até dezembro com o Palmeiras. Dificilmente Abel estaria no comando do Brasil já nas próximas partidas das Eliminatórias, em junho.
Nenhuma pessoa da CBF ou ligada à CBF procurou o Palmeiras para falar sobre o Abel. Aliás, eu tenho certeza de que, se a CBF tiver interesse de fazer futuramente um convite ao Abel, o presidente Ednaldo vai me telefonar antes de qualquer movimentação. LEILA PEREIRA
A seleção seria entregue por um membro fixo da comissão técnica para os jogos contra Equador e Paraguai. Há riscos nisso porque os rivais estão na cola do Brasil. Se eles vencerem, a seleção cai na tabela e deixaria para a última rodada dupla do torneio para se garantir na Copa do Mundo de 2026. Abel ficaria para essa Copa e também para a outra, em 2030. Seu contrato, portanto, seria de cinco anos.
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A intenção de ter Abel no lugar de Carlo Ancelotti é muito bem vista dentro da CBF. Mas ainda é um desejo apenas. Jorge Jesus continua como opção, mas ele agrada menos do que o treinador do Palmeiras. A CBF pagaria os mesmos R$ 5 milhões por mês que seriam oferecidos para Jesus e Ancelotti. Ele acompanharia os jogadores de um escritório na Europa.
Ancelotti não é carta fora
A CBF ‘desistiu’ de Ancelotti porque não quer pagar os R$ 60 milhões de multa de seu contrato com o Real Madrid. O clube espanhol quer ganhar pelo contrato que tem. Não vejo, no entanto, um ponto final nessa história em caso de recusa de Abel e Leila. Abel não teria resistência do torcedor brasileiro. O treinador italiano deve mesmo deixar o Real Madrid, mas sem que a CBF se envolva na sua decisão.
