Foi um jogo para entrar para a história do Palmeiras no Allianz Parque. E por diversos motivos. O mais importante deles, diria o técnico Abel Ferreira, foi o trabalho coletivo do time e a goleada por 6 a 0 sobre Sporting Cristal na última rodada da fase de grupos da Libertadores, confirmando a melhor campanha da edição e igualando os 18 pontos da edição de 2022, com um invejoso 100% de aproveitamento.
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Mas para o torcedor, a vitória desta quarta-feira foi muito mais do que isso. Foi a despedida de Estêvão, um garoto de 18 anos, que não joga mais em sua casa com a camisa do time. Ele foi vendido ao Chelsea por R$ 358 milhões no ano passado para se apresentar ao clube inglês depois do Mundial de Clubes. Foi um adeus que deixará saudade. Foi uma festa, com direito a lágrimas, mas muitos sorrisos, uma camisa entregue a um garoto torcedor ao fim da partida e muitas selfies e abraços. Estêvão foi jogado para cima pelos companheiros, querido que é por todos.
Foi dele também o primeiro gol da goleada sobre o rival peruano no seu estádio, sim, porque o Allianz foi dele nesta noite. Estêvão foi o dono da arena e do jogo. Mesmo após o apito final, o atacante parecia não querer ir embora. Deu uma espécie de volta olímpica cumprimentando os torcedores. Ele fará mais um jogo no Brasil, no fim de semana, contra o Cruzeiro, pelo Brasileirão, mas fora de casa.
Veiga, Flaco, Paulinho, Facundo…
Mas teve muito mais nesse jogo histórico de Libertadores. Foi também a primeira vez que Paulinho balançou as redes desde que chegou ao Palmeiras. O atacante ainda não tinha sentido o gostinho das redes. Fez o quinto do Palmeiras no confronto. Teve Raphael Veiga de volta, com excelente apresentação e um golaço de falta que Zico assinaria fácil. Teve ainda Flaco López, que marcou duas vezes e uma delas, a primeira, de cavadinha. A concorrência na posição aumentou e com ela o sarrafo de qualidade dos jogadores. Facundo fechou a conta.
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Seria injusto não citar Maurício, que tentou pelo menos quatro vezes e deixou o campo sem marcar o seu gol. Mas isso não tira o brilho de sua partida. Ele e Veiga combinaram bem no meio de campo feito feijão com arroz. Maurício até marcou um gol no segundo tempo, mas estava impedido. Por fim, mas durante os 90 minutos, teve a festa da torcida. Para o palmeirense foi uma festa inesquecível.
