Pedrinho Lourenço não é um presidente com gestos profissionais, pelo menos não publicamente, quando não esconde sua paixão pelo Cruzeiro e o seu jeito mais ‘mineiro’ de conduzir as coisas do futebol. Mas ele toma decisões que muitos dirigentes tidos mais profissionais não tomam ou temem tomar. Refiro-me ao fato de ele preferir confiar no treinador contratado recentemente, Leonardo Jardim, do que em jogadores renomados do elenco, como Dudu.
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Sua coragem deve ser aplaudida por alguns motivos. Primeiramente, porque ele manteve a coerência em acreditar no técnico português mesmo depois de derrotas seguidas e campanha ruim nos primeiros jogos. Depois, por ter tomado lado no confronto entre jogador e comissão técnica preferindo dar razão e carta branca ao seu treinador.
Recado para o vestiário
Isso é muito raro de acontecer no futebol brasileiro. Por fim, ele manda recado aos seus pares de que dinheiro não brota de árvore e, portanto, deve ser bem gasto também no futebol. Seu recado poderia ecoar em Brasília, mas esse é outro assunto.

O que Pedrinho faz é mudar paradigmas no futebol brasileiro, essa palavra tão surrada de anos atrás, mas que ainda cabe na situação do dono da SAF do clube mineiro. A decisão de afastar Dudu e, dias depois, romper o seu contrato mostra que o Cruzeiro, sob sua gestão, não vai passar a mão na cabeça dos jogadores, como sempre acontece.
De um jeito mais simplório, mas não menos eficiente, Pedrinho Lourenço manda um recado para dentro do vestiário: jogador que não quiser ficar, pode sair e quem não se esforçar não vai jogar.
Na contramão dos cartolas
De quebra, ele diz alto e em bom som que o treinador Leonardo Jardim, em quem ele confia e para quem entregou o seu time, está no comando. A bem da verdade, Pedrinho anda na contramão dos dirigentes de futebol, que, na menor ameaça, optam em demitir o técnico para ‘não perder o vestiário’.
E olha que ele tomou essa decisão com um jogador de peso e história, Dudu, que deixou saudade no Palmeiras e com passagem no clube de Belo Horizonte.
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Assim, o “amadorismo” de Pedrinho dá um tapa de pelica na cara dos cartolas brasileiros com sua coragem e decisão. Na era dos treinadores supervalorizados e dos jogadores sem personalidade, o dono da SAF do Cruzeiro apostou na primeira opção. E acalmou o vestiário.
O bom Jardim
Vale ressaltar que Leonardo Jardim é um ótimo treinador, mas que poderia ter sua passagem pelo Brasil encurtada depois das primeiras derrotas.