Não é de hoje que Dudu toma caminhos controversos na carreira. O atacante deixou o Brasil para atuar no Catar durante a pandemia. Ele enfrentava problemas no seu relacionamento. Preferiu ir embora. Quando voltou ao Palmeiras em 2021, foi abraçado pelo torcedor. Dudu se tornou ídolo no clube. Mas a contusão no joelho em 2023 mudou tudo. Com o rompimento do ligamento cruzado, o jogador ficou dez meses afastado. Quando voltou, já não era mais o mesmo. O técnico Abel Ferreira sempre soube disso e o colocava menos para jogar. Outros atletas apareceram para a sua posição.

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Seu contrato não seria renovado, mas havia mais dois anos de vínculo. Foi então que ele deu o primeiro passo errado: acertou sua ida para o Cruzeiro, mas deu para trás e mudou de ideia. Tudo estava combinado, com negociação no valor de R$ 5 milhões. Dudu foi convencido pelos líderes da torcida organizada Mancha Verde, entre eles Paulo Serdan, que foi à casa do jogador pedir explicações, a permanecer no clube. Foi seu segundo erro. Errou porque não manteve a sua palavra com o Palmeiras nem com o Cruzeiro.

Dudu não está afastado dos treinos do Cruzeiro, mas não foi relacionado na última partida contra o Vasco / Cruzeiro

Isso irritou bem a presidente Leila Pereira, que colocou um “fim de linha” em sua carreira no clube. Dudu passou a ser um zumbi no Palmeiras. Também foi odiado pelo torcedor do Cruzeiro, que entendeu como um desdém dele ao time.

Leonardo Jardim no comando

Até que Dudu retomou as tratativas com o clube de Minas Gerais porque não jogava mais no Palmeiras. Errou de novo. Deveria ter ido para qualquer outro lugar. Sua chegada foi envolta em desconfiança num elenco em formação. Mas ele confiava no seu taco e na sua condição de bom jogador, o que sempre foi. Não se deu conta de que já não era mais o mesmo.

O banco de reservas foi um caminho natural no novo Cruzeiro montado pelo técnico português Leonardo Jardim. Pedrinho Lourenço, dono da SAF do clube, comanda o futebol como os velhos e bons cartolas brasileiros do passado. Oferece muito carinho, mas não se apega e fala o que tem de falar para qualquer um. Foi pego no domingo, como divulgou o The Football, fazendo gestos de que Dudu vai ‘espirrar’ do time. É ele que manda.

Rescisão de R$ 54 milhões

Para chegar a essa condição insustentável, Dudu contestou o treinador se desconfiar que ele tem carta branca no clube. Foi mais um erro do jogador. Gabigol, mais malandro, também é reserva, mas, por ora, se manteve quieto em seu lugar. Dudu disse que não entendia as escolhas de Jardim, mas que as respeitava. Foi a deixa que o Cruzeiro precisava para afastar o jogador.

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Nesta segunda, representantes de Dudu e o CEO Alexandre Mattos discutiram a saída do atacante. Há um contrato até dezembro de 2027, com salário base de R$ 1,7 milhão. São R$ 54 milhões até o fim do acordo. Dudu não abre mão de nada. Nem quer sair. Aposta que Pedrinho vai se convencer de que Jardim não é o treinador certo para o time.

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