Um sentimento de frustração se abateu sobre o Morumbis quando o atacante peruano Kevin Quevedo jogou o corpo para o ar, abriu o compasso e num voleio cirúrgico acertou um chute certeiro para marcar o segundo gol do Alianza Lima. O golaço decretou um inesperado e improvável empate por 2 a 2, que castigou o São Paulo na noite desta quinta-feira, dia 10, em jogo válido pela segunda rodada da Taça Libertadores da América-25.

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Decepcionados, os 50 mil torcedores são-paulinos nas arquibancadas voltaram a vaiar a equipe e, especialmente, o técnico Zubeldia. Com toda certeza, nenhuma das pessoas presentes imaginava que a noite pudesse terminar assim, pois o São Paulo fez uma de suas melhores apresentações do ano e poderia ter fechado o primeiro tempo com uma vitória tranquila, com uns 4 ou 5 gols de vantagem no placar.

Zubeldía tira Ferreirinha e o São Paulo se perde no Morumbis diante do Alianza Lima: 2 a 2 em casa / SPFC

Sim, o primeiro tempo do São Paulo foi irresistível. Com um show à parte do atacante Ferreirinha, uma das apostas do treinador para suprir a ausência de titulares importantes do quilate de Lucas Moura e Oscar. Aberto pela esquerda, Ferreirinha deitou e rolou pra cima dos seus marcadores e foi o dono do jogo na primeira parte do confronto.

Abriu o marcador com uma jogada a seu estilo, arrancada pela esquerda, e ampliou o placar seis minutos depois, com um gol de cabeça, no meio da área, aproveitando um passe preciso de Marcos Antonio.

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Com 2 a 0, o Alianza Lima parecia batido. A única chance de gol foi do veterano Barcos, que num chute de fora da área acertou o travessão de Rafael. O São Paulo seguiu empilhando oportunidades de ampliar o placar, com destaque para a ótima atuação do menino Lucas Ferreira. Ele é mais uma das joias de Cotia e seguramente terá um futuro brilhante.

A bola pune

Mas, como diria Muricy Ramalho, a bola pune. E o clima festivo do primeiro tempo foi substituído por um ambiente estranho na etapa final. A saída de Ferreirinha, quem poderia imaginar, prenunciava um roteiro bem diferente para a partida. E o Alianza Lima, que parecia conformado com a derrota, ganhou uma injeção de ânimo quando achou o primeiro gol, anotado por Eric Castillo. Revigorado, buscou o empate com o golaço de Quevedo.

Dali para frente, o São Paulo se perdeu. Como numa luta de boxe, sentiu o golpe e foi a nocaute. No banco, o técnico Zubeldia parecia nas cordas. Fez alterações por atacado, mas o time já não tinha mais estado emocional para construir pontes para chegar ao terceiro gol. O time, então, voltou a exibir suas fragilidades técnicas e carências pontuais do elenco. A esperança do gol salvador foi desfeita num chute de Calleri, já nos acréscimos, com a bola, caprichosamente, morrendo no travessão.

Fim de jogo. E tome vaia. O empate só foi bem recebido por quem adora estatísticas. Com ele, o São Paulo igualou sua maior invencibilidade na história da Libertadores, com 11 jogos sem derrota, como aconteceu em 1974. Difícil, porém, é encontrar algum torcedor que, em sã consciência, não considere o 2 a 2 da noite como uma derrota doída, daquelas que a gente demora para digerir.

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