Dudu não é mais jogador do Cruzeiro. O contrato que ele tinha assinado com o Cruzeiro foi rescindido, através de um acordo, pelo qual o jogador vai receber pouco mais de 20% da multa de R$ 60 milhões estipulada. Provavelmente, pelo talento que tem, não ficará muito tempo desempregado. Mas certamente ficará com a imagem arranhada.
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Dudu conseguiu, em poucos meses, algo raro: transformar uma das carreiras mais sólidas do futebol brasileiro recente em um caso clássico de má gestão profissional. Ídolo histórico do Palmeiras, protagonista em títulos importantes, dono de números expressivos e de uma relação afetiva com a torcida, o atacante escolheu jogar tudo isso fora — e o fez por decisão própria, ao se deixar seduzir por uma proposta do Cruzeiro, que estava de cofres abertos para remontar um grande time.

Sua saída do Palmeiras foi desastrosa. Não houve despedida digna, coletiva de imprensa ou qualquer gesto de respeito proporcional à sua trajetória. Para piorar, o jogador usou as redes sociais para travar uma batalha com a presidente Leila Pereira, ofendendo-a com um palavrão, um gesto de extrema deselegância. Mais do que isso: uma grosseria. O torcedor ainda tentou segurá-lo no clube, por amor e por terror. Mas Dudu parecia decidido.
Carreira jogada no lixo
O destino escolhido foi o Cruzeiro, clube que vive uma das fases mais instáveis de sua história. Dudu, veterano de 33 anos, optou por abandonar a estabilidade esportiva e institucional do Palmeiras para se arriscar em um projeto frágil, sem garantias de sucesso. Essa não foi apenas uma escolha mal calculada. Hoje, diante da ruptura, está mais do que claro que este foi um erro estratégico grotesco.
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Carreira não se conduz com impulsos. Jogadores de alto nível precisam entender que talento não é suficiente. A carreira de um atleta é uma construção de imagem, narrativa e posicionamento. Dudu, ao sair como saiu, ignorou todos esses pilares. Perdeu capital simbólico com o Palmeiras, trocou segurança por incerteza e se envolveu rapidamente em uma crise no Cruzeiro que terminou em rescisão contratual. Pior: sem deixar qualquer legado em Belo Horizonte. Em sua segunda passagem pelo clube, não vai deixar saudade.
Agora, ele está livre no mercado — mas não é mais o mesmo nome. Clubes interessados vão olhar para ele com desconfiança. Será que quer jogar ou apenas cumprir contrato? Está comprometido ou apenas orbitando decisões mal pensadas?
A essa altura da carreira, qualquer jogador de ponta deveria estar cercado de conselheiros sérios, empresários experientes e profissionais de comunicação que o ajudem a tomar decisões. Se Dudu os tem, foram incompetentes. Se não os tem, a responsabilidade é toda dele. Não há mais espaço para amadorismo em 2025. Jogador que não entende isso, por melhor que tenha sido em campo, compromete seu futuro.
No mercado desvalorizado
Dudu desperdiçou a chance de terminar sua trajetória como símbolo de lealdade e inteligência. Escolheu sair mal, apostar mal e, por enquanto, perder. Talvez se recupere. Mas para isso, vai precisar mais do que bola no pé. Vai precisar, acima de tudo, entender que errar no futebol moderno tem custo — e uma hora a conta chega.